12 Exercícios Coletivos
de Dissenso
1º semestre de 2020
Criado para debater os temas relacionados aos femininos, arte, educação, cultura e a trajetória de Artistas fundamentais para a mostra, o programa 12 Exercícios coletivos de dissenso ocorreu entre os meses de fevereiro e de março de 2020. O curso foi voltado para interessados em mediação de arte contemporânea, professores, alunos de Artes Visuais e áreas afins, e público em geral. Foram oferecidas 170 vagas, por ordem de inscrição, as vagas foram preenchidas rapidamente em uma janela de 48 horas. Seriam escolhidos 60 mediadores, mas devido a suspensão da Bienal 12, a seleção não seguiu adiante.
O Programa Educativo estabeleceu a premissa dos encontros, dos afetos, do compartilhamento e do dissenso como forma de propor relações de construção e invenção das diversas bienais que foram erguidas no encontro com diferentes públicos. A multiplicidade de olhares, a atenção às noções de raça e gênero, o projeto de mundos que precisam de ações de cuidado e a noção de política, como aprendemos com Jacques Ranciére, entendida como a capacidade de alterar o tecido do sensível tem sido nossas setas.
Também com Ranciére, temos encarado o dissenso entendido como “o conflito de vários regimes de sensorialidade” na sua possibilidade de redesenhar a existência de objetos e ações que saem da esfera do sagrado e tocam o profano como objetos comuns submetidos a diferentes invenções poéticas por parte de um espectador emancipado.
Assim, nossos 12 Exercícios Coletivos de Dissenso foram assentados sobre a possibilidade de realização de ações criativas e de criação no contato com as obras, as artistas, a mostra. Estimular em nossas(os) candidatas(os) e futuras(os) mediadoras(es) a capacidade de criar e de se relacionar de maneira poética com a mostra e seus objetos comuns está no cerne de nossa proposta de curso.
Atividades que mirem a criação e as diferentes compreensões, os elementos que cercam a ação de mediadores no espaço, suas abordagens metodológicas possíveis, as diferentes formas de interação com o mundo e suas complexidades no tecido social, o caminho para uma vida pública baseada em um compromisso democrático, podem ser caminhos para orientar suas proposições. Cabe afirmar, ainda, que sua participação conosco foi fundamentada em suas caminhadas profissionais que fizeram com que nossas atividades pudessem acontecer.

08 de fevereiro
O Educativo, a Bienal e o dissenso
como rumo com Equipe Educativa
Com Igor Simões e Renata Sampaio

13 de fevereiro
Feminino, mediação,
arte e cultura
Com Joanna Burigo e Mulheres nos Acervos

14 de fevereiro
Entre professores, mediadores
e a exposição: Estratégias
Com Ilana Machado e Luciana Loponte

19 de fevereiro
A supervisão e a mediação
e o espaço expositivo
Com Carolina Mendoza

20 de fevereiro
Estratégias de mediação em Instituição.
Local: Fundação Iberê Camargo

05 de março
Estratégias de mediação em Instituição. Local: Museu de Artes do Rio Grande do Sul, MARGS

06 de março
Cidadania, cultura democrática
e práticas de mediação
Com Themis e Winnie Buenno

7 de março
Curadoria e mediação contemporânea
em mostras de arte: políticas e poéticas
Com Mara Pereira

13 de março
Acessibilidades:
O espaço Expositivo para todes
Com Camila Alves Araújo

14 de março
Gênero e Raça
na Arte-Educação
Com Juliana dos Santos
Obs.: Devido ao surto pandêmico da Covid-19, consequentemente, houve a redução de todas as funções urbanas (eventos, aulas, comércio) e início da quarentena e isolamento social. Desta forma, Programa Educativo da Bienal 12 se viu obrigado a suspender os últimos encontros e todas as funções que dependiam de contato físico e aglomeração, como por exemplo: os dois últimos encontros do processo seletivo de mediadores, reuniões e visitas escolares aos museus e exposições.