1997
1ª Bienal do Mercosul
curador
Frederico Morais (Brasil)
A 1ª Bienal do Mercosul foi realizada em 1997 e é considerada pelo crítico uruguaio Alberto Torres como "a revisão mais sólida e rigorosa sobre a arte da região".
PROJETO CURATORIAL
A 1ª Bienal do Mercosul foi realizada em 1997 e é considerada pelo crítico uruguaio Alberto Torres como "a revisão mais sólida e rigorosa sobre a arte da região". Um dos principais êxitos da primeira edição foi a existência de um projeto curatorial claramente definido, que buscou apresentar a maior mostra de arte latino-americana realizada no Brasil. A mostra foi restrita aos países do Mercosul - Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e teve como país convidado a Venezuela, mas proporcionou um exame do desenvolvimento histórico da arte do continente. Cerca de 800 obras de 200 artistas ocuparam doze espaços expositivos e estavam agrupadas em três vertentes - "Construtiva - A arte e suas estruturas", "Política - A arte e seu contexto" e "Cartográfica - Território e história", além de dois segmentos, que reuniam obras de jovens artistas e uma seleção de obras de coleções públicas e privadas do Brasil. Esta Bienal teve duas personalidades homenageadas: o pintor e lingüista argentino Xul Solar e o crítico de arte brasileiro Mário Pedrosa. Dois seminários internacionais que contaram com a participação de cerca de 60 críticos e historiadores de arte do Brasil e do exterior foram realizados durante o período da exposição. Nos seminários foram discutidas as utopias latino-americanas e o ponto de vista dos países do hemisfério norte sobre a arte latino-americana. Obras doadas por treze artistas foram instaladas na cidade e onze artistas foram convidados a fazer intervenções de caráter efêmero. Se a arte de caráter político da América Latina - submetida a 30 anos de ditadura militar - traz à tona obras que adquiriram um extraordinário significado depois da redemocratização do continente, a 1ª Bienal do Mercosul mostrou que, além do conteúdo político, a arte latino-americana é também conceitual e construtiva. Fonte: Pensamento Crítico, de Frederico Morais. Pgs 181 a 188.
Frederico Morais (Brasil)
EQUIPE
Frederico Morais (Brasil)
Irma Arestizabal (Argentina)
Pedro Querejazu (Bolívia)
Justo Pastor Mellado (Chile)
Tício Escobar (Paraguai)
Angel Kalenberg (Uruguai)
Roberto Guevara (Venezuela)
Frederico Magalhães (Brasil)