PRISCILA REZENDE
Bombril
2010-2018
Vídeo
23''31'
Coleção da artista
Na performance Bombril, vivenciada pela primeira vez em 2010, Priscila Rezende esfrega, com o cabelo, a superfície de utensílios domésticos metálicos usados na cozinha. Título extraído da conhecida esponja de aço homônima, Bombril serve, com frequência, como adjetivo pejorativo para referir-se ao cabelo de mulheres negras. Na versão apresentada na Bienal 12 | Porto Alegre, Rezende realiza a performance na Praça da Alfândega, espaço público localizado em frente ao edifício do Memorial. A relevância de Bombril está no fato de ela ecoar uma das muitas experiências cotidianas de violência vividas pela população negra no Brasil. A performance também sustenta o tema de relações raciais, um conteúdo social e político ainda evitado ou até proibido na sociedade brasileira, dentro de um espaço de reflexão do qual ele é geralmente abortado. Ao mesmo tempo, a ação provoca uma ruptura: ela desloca o objeto do discurso de uma posição passiva à de protagonista (e enunciador) consciente de sua própria narrativa.
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