Juliana Vidal (Tania Marcela Vidal Barrera), uma jovem artista nascida em Cuenca, investiga o encanto físico duradouro dos traços em diversas mídias, desde fotografia analógica até práticas de escultura baseadas em produção de moldes. Seja por meio de uma câmera fotográfica ou de materiais maleáveis diversos como argila, gesso e resinas dentárias modernas, ela registra sinais indexicais que mediam a ausência no espaço e no tempo. Através dessas operações, seu trabalho se revela como uma espécie de mediação estendida com relação à visibilidade e invisibilidade de tipos diversos de corpos humanos, sua persistência e as marcas por eles deixadas nos espaços sociais em que vivemos. Mais especificamente, seus tijolos de barro, produzidos artesanalmente, fazem a alusão ao conceito de classe, na medida em que estão imbricados em diferentes modos de construção encontrados em cidades latino-americanas, apontando questões relativas à sua organização e segregação espacial.