BRÍGIDA BALTAR
Minha pele sua pele
2017
Bordado sobre tecido
Cortesia da artista e Galeria Nara Roesler
Os hematomas
74 x 42 cm
As petéquias
76 x 54 cm
A quimera das plantas
60 x 41 cm
Minha pele sua pele
40 x 40 cm
60 x 30 cm
Brígida Baltar apresenta na Bienal 12 uma instalação que explora as suas experiências pessoais, biográficas, recentes, marcadas por internações que acabaram com um transplante de medula. Os sinais destes processos na sua pele transformaram-se em metáforas (hematomas, petéquias) que ela criou nos tempos de espera do seu tratamento. A única escultura que se inclui, chamada Irmãos, fala do processo que permitiu descobrir a compatibilidade com um doador, o seu próprio irmão, estudo que a medicina chama quimerismo: o transplantado é um ser quimérico, tem outro dentro de si que deve ser descoberto. Delicados e potentes ao mesmo tempo, estes bordados revelam as experiências do corpo e os afetos dolorosos a partir de uma tradução minuciosa das cores da pele ao bordado. São abstrações orgânicas que condensam processos de mutação, afetos, emoções.
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