A fotografa alemã Grete Stern, que foi aluna em Bauhaus, foi morar na Argentina nos anos trinta, durante o surgimento do nazismo. Em 1958 adotou a nacionalidade argentina. Entre 1948 e 1951 realizou aproximadamente 140 fotomontagens para a revista feminina Idilio. Com a justaposição de imagens elaborava outras com as quais ilustrava os sonhos que diferentes mulheres relatavam para a revista. Com estes fotomontagens abordava as representações da mulher e fazia uma critica nos discursos patriarcais. O medo, a autoestima, as fantasias, surgem como tópicos que se apresentam desde imagens que apelam ao intelectual e ao afetivo. Envolvem uma reflexão critica sobre as articulações do poder e sobre as estruturas sociais de subjugação. Esta reflexão introduz uma dimensão emancipadora.