CECILIA VICUÑA
Semiya
2020
Adesivo de parede
Coleção da artista
Poeta, artista da performance, pintora, fazedora de objetos precários, são muitas as formas de nomear esta artista polifacética que desde os anos sessenta desenvolve uma obra radical, primeiro no Chile, depois internacionalmente em cidades como Bogotá, Londres ou Nova Iorque. Suas ações se conectam com as agendas decoloniais e com o feminismo ecológico.
Entre as suas obras se destacam os quipu (nó) com os quais Cecilia retoma uma prática ancestral das culturas incaicas, onde, com laços e nós se armazenavam informação contável e relatos épicos. Quipu testigos (Quipu testemunhas), propõe partir de materiais do seu estúdio em NY, de onde a artista enviará para a bienal por Fedex. Em Porto Alegre estes materiais iniciais se completarão com lixos, galhos e despojos enviados por diferentes comunidades, testemunhas de objetos quebrados e maltratados que assumiriam a forma de um quipu delicado, vazio, mínimo, capaz de unir os fragmentos de uma forma visual e táctil. O quipu é a testemunha da destruição do Amazonas e do massacre dos povos indígenas. Trata-se de um poema coletivo, espacial, que envolve os corpos e os restos. É um projeto que se realizará no espaço da Bienal como uma forma suave desdobrada no espaço. Na sua união poética e escultórica dos restos, se apresentará como uma forma de resistência perante a devastação do planeta.
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