Na sua instalação específica Uma cosmologia de poetas, Julieta Hanono reúne os nomes de poetisas latino-americanas e elabora com elas um tecido, uma trama, uma rede que avança nos muros. Os nomes de Angelica Freitas, Clarice Lispector, Olga Orozco, Violeta Parra, Victoria Santa Cruz ou Cecilia Vicuña, entre muitas outras, conectam-se delicadas linhas de três cores que remetem, cada uma, a um aspecto da amplia agenda do feminismo contemporâneo: o violeta às lutas históricas do feminismo; o verde à campanha pela legalização do aborto; e o laranja, ao pedido pela separação da igreja e do estado. Neste tecido sobre o muro a emancipação das mulheres vibra junto às poetisas.