Ad Minoliti cria mundos em que a geometria se torna linguagem insurgente, atravessando a pintura, o design, a ficção científica e as teorias queer. A artista reivindica a abstração geométrica como ferramenta de imaginação política, dissolvendo fronteiras entre o humano e o não humano, o orgânico e o tecnológico. Suas instalações – vibrantes, modulares, sensoriais – criam ambientes de jogo, afeto, encontro e transgressão, como em Hongos de fantasías geométricas, comissionada pela 14ª Bienal do Mercosul.
No campo expandido da pintura, a obra transforma o espaço expositivo em um laboratório pedagógico onde a cor e a forma operam como vetores de emancipação e desejo. Em seu trabalho,Minoliti elabora uma iconografia que desmonta tradições pictóricas, esboçando futuros possíveis, nos quais a estética se confunde com o sonho, e a política, com a invenção.
Daniele Alana
Ad Minoliti (Argentina, 1980) realiza instalações experimentais em torno da geometria e da abstração que abrangem história da arte, arquitetura, feminismo queer, animalismo e ficção especulativa. Seus trabalhos foram exibidos em galerias, instituições e museus na Coréia, Peru, México, Japão, Brasil, China, Bolívia e Chile, entre outros países. Realizou exposições recentes no BALTIC e Tate St Ives (Reino Unido) e La Casa Encendida (Espanha) e participou de diversas exposições, como a 58ª Bienal de Veneza. Vive em Buenos Aires, Argentina.
