Djalma Cunha dos Santos, Samanta, Djalma d’Airá ou Djalma do Alegrete foi um multiartista, atuando como figurinista, carnavalesco, cenógrafo, ilustrador e poeta, além desenhista e pintor. Suas pinturas são maximalistas e de cores fortes. Sua obra é um legado didático e estético dos tempos em que estava vivo e encarnava seu orixá. Através de suas pinturas, Djalma convidou à Terra, às exposições, museus, residências e ruas as entidades com as quais trabalhava e convivia em seu contexto religioso. Como anfitrião de divindades, respeitou e registrou suas histórias e aparições.
Primeiro negro a se formar no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a vida e trajetória profissional do artista foi marcada pelos cruzamentos e embates da arte com questões de raça, classe, sexualidade e religiosidade.
Jandiro Koch
Djalma do Alegrete (Brasil, 1931-1994) foi desenhista, pintor, ilustrador, figurinista, cenógrafo, professor, vitrinista, carnavalesco, bailarino, cantor e poeta. Formou-se pelo Instituto de Bellas Artes (IBA), atual Instituto de Artes da UFRGS, em 1957. Trabalhando com aquarela, colagem, crayon, óleo e pastel, Djalma desenvolveu uma vasta produção visual voltada ao figurativo, em que se destacam os retratos. Em acervos públicos do Rio Grande do Sul, trabalhos de sua autoria estão presentes nas coleções do MARGS e do MACRS. Djalma transitou entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, no Brasil.
