Fyerool Darma

(Singapura, 1987)

Fyerool Darma utiliza referências enraizadas em sua herança malaia, entrelaçando-as com elementos da cultura popular, materiais de arquivo, internet, literatura e artes visuais. Sua prática artística é interdisciplinar, abrangendo mídias como som, vídeo, escultura e arte digital. Em suas obras, ele cria diálogos justapondo referências modernistas e narrativas culturais, históricas e políticas do Sudeste Asiático, revelando tensões e convergências entre o tradicional e o contemporâneo.
A instalação do artista, comissionada pela 14ª Bienal do Mercosul, aproxima-se da ficção científica, partindo da queda de um suposto nanosatélite desativado, Rizqi-2, na atmosfera terrestre. O evento gera, em um estalo, a ruptura do silêncio em uma linguagem denominada Gemer§ik, composta por vibrações sonoras criadas por fricções mecânicas, mas também epistemológicas, culturais e sistêmicas. Por meio do encontro de mídias, a obra convida o público a mergulhar em um espaço onde passado e futuro geram novas possibilidades de existência, significação e de recusa a categorias estáveis.

Mel Ferrari

Bio

Fyerool Darma (Singapura, 1987) iniciou sua carreira como pintor e expandiu seu repertório para incluir som, vídeo, novas mídias, esculturas e práticas artesanais. Suas instalações exploram a justaposição entre estética e ideologias do modernismo e as culturas e histórias do Sudeste Asiático. Darma utiliza materiais variados — como têxteis, lixo eletrônico, imagens encontradas — para criar obras colaborativas, onde questiona as fronteiras de autoria. Participou de projetos como a Bienal de Lagos, a Bienal Seoul Mediacity e a Bienal de Singapura, além de ter participado de exposições em instituições na Austrália e nas Filipinas. Vive em Singapura.

Onde visitar

MARGS

+ Info e mapa

Obras

Gemer§ik, 2024 – 2025

Onda sonora em cloreto de polivinilo por cinoti UHD, folha de espuma de alumínio de dupla face termoreflectora com nanosatélite de monocristalino encontrado, fibra de carbono recuperada, compósitos recuperados de eletrônicos, folha de alumínio, resina e acrílico; gravações de folly de água e batimento de asas com transmissão de nanosatélite; lido por Bruna Dalla Méa, arranjado por POFMAMAX