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Ogwa

(Ishir/Paraguai, 1937-2008)

Ogwa pertencia à nação indígena Ishir, no Norte do Paraguai, na região da tríplice fronteira com Brasil e Bolívia. Os desenhos do artista abordam mitologias e rituais a partir de estratégias da arte figurativa, diferente dos recursos geométricos tradicionais que seu povo utiliza em suas práticas de pinturas corporais. Nesse sentido, a obra do artista apresenta outras visualidades que colaboram para a manutenção da memória Ishir e a conscientização dos não-indígenas.
No final dos anos 1990, quando muitos Ishir foram obrigados pela indústria extrativista a deixar seus territórios, a produção artística se tornou a principal fonte de renda para Ogwa e sua família. Feito inicialmente em preto e branco e para ilustrar relatos que cedia a antropólogos e pesquisadores de sua cultura, o corpo de trabalho do artista foi se modificando, incorporando a cor e o aprofundamento de seus temas à medida que Ogwa pôde se dedicar integralmente ao seu trabalho como artista e à circulação de sua obra.

Juliana Proenço

Bio

Ogwa (Ishir/Paraguai, 1937-2008) foi um artista indígena pertencente ao povo Ishir. Ogwa destacou-se como um dos principais nomes da arte indígena no Paraguai, desenvolvendo as tradições e cosmovisões de seu povo em criações visuais únicas. Desde jovem, foi profundamente influenciado pelas tradições culturais e espirituais de sua comunidade, marcada por rituais, narrativas míticas e uma conexão intrínseca com a natureza. Seu trabalho artístico reflete a rica mitologia de seu povo, como os relatos sobre deuses criadores, espíritos da floresta e animais sagrados. Entre as mostras mais relevantes de suas obras, destacam-se projetos na Fundação Cartier, no Museu da América (Madri) e no Centro Cultural del Lago, no Paraguai. Viveu grande parte de sua vida entre o Chaco e Asunción, Paraguai.

Ogwa
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Onde visitar

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Obras

La Montaña que salen los peces [A montanha que sai dos pés], 1995

Tinta e têmpera sobre papel

Cortesia do Museu do Barro

El gran Dios y la gran Diosa de los mitos y de los motivos [O grande Deus e a grande Deusa dos mitos e dos motivos], 1999

Guache, caneta hidrográfica e lápis de cor sobre papel

Cortesia do Museu do Barro

El shamán y las avispas [O xamã e as vespas], 1992

Lapiseira sobre papel

Cortesia do Museu do Barro

El shamán de los muchos animales [O xamã dos muitos animais], 1993

Lapiseira sobre papel

Cortesia do Museu do Barro

35 desenhos sem título (1990 – 2001)

33 lapiseira sobre papel, 1 Têmpera, lápis de cor e lapiseira sobre papel sobre cartolina, 1 Lapiseira e lápis de cor sobre cartolina, 1 Lapiseira sobre cartolina

Cortesia do Museu do Barro

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