Tirzo Martha produz obras em diferentes formatos, como instalações, esculturas, vídeos e performances. Com engajamento social, seu trabalho lida com os valores da vida contemporânea, conectando o público a questões políticas e culturais a partir de reflexões sobre sua terra natal, Curaçau, e a diáspora caribenha. Seu repertório incorpora objetos do cotidiano e da construção civil, como blocos de concreto, tijolos, madeira e pneus, criando composições enigmáticas entre sonho, fantasia e realidade.
Comissionado pela 14ª Bienal, Martha apresenta uma instalação em grande escala que aborda questões socioambientais. A obra é composta, entre outros materiais, por pneus reutilizados e simulacros de corpos humanos, formando uma constelação escultórica que instiga reflexões críticas sobre o protagonismo humano no antropoceno, era geológica atual, marcada pela responsabilidade da ação humana nas alterações sofridas pela Terra.
Cristina Barros
Tirzo Martha (Curaçao, 1965) trabalha principalmente com instalação, mas também com escultura, vídeo e performance, abordando a acumulação de diversos objetos, ao mesmo tempo que busca engajamento social e político, frequentemente por meio da participação direta ou indireta do público no processo criativo. A maioria dos objetos utilizados provém do mundo da construção ou da nossa vida cotidiana, como blocos de cimento, ferro ondulado, madeira, tubos de argamassa e cestos de reforço, pneus de carro, latas, baldes, gaiolas, lâmpadas, correias, cadeiras e vasos sanitários. Seu trabalho foi exibido na Bienal de Curitiba, na Bienal Sur, Bienal de Havana e Bienal de Moscou. Participou de mostras no Amsterdam Museum, no Queens Museum of Art, dentre outros. Ganhou prêmios e bolsas do Mondriaan Funds, Museum Het Domein e do governo de Curaçao. Vive em Willemstad, Curaçao.