Seminário Arte, feminismos e emancipação
ter., 06 de nov.
|Biblioteca do Clube do Comércio
Encontro para discutir a agenda do feminismo contemporâneo transgênera e intersexual, que debate a simultaneidade das opressões sociais: sexismo, racismo, homofobia, xenofobia, classismo.
Horário e local
06 de nov. de 2018, 10:30 – 18:00
Biblioteca do Clube do Comércio, R. dos Andradas, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre - RS, 90020-007, Brasil
Sobre o evento
O feminismo contemporâneo promove uma agenda transgênera e intersexual que debate a simultaneidade das opressões sociais: sexismo, racismo, homofobia, xenofobia, classismo. Hoje, o termo feminismo significa o mesmo que nos anos sessenta e setenta? Podemos nos referir a uma nova onda de feminismo, depois do pós-feminismo? Qual é a relação entre esses debates e o campo da arte? Como os artistas contemporâneos se posicionam diante das agendas do feminismo? Essas questões são centrais para a cultura brasileira contemporânea.
As histórias da arte foram escritas a partir de critérios exclusivos que tornaram as artistas invisíveis por razões de gênero e raça. Este seminário propõe a ativação de um espaço de conhecimento sobre agendas urgentes em torno do gênero feminino, queer, trans, não normativo, intersexual. Trata-se de desdobrar campos de conhecimento que entrecruzam poéticas, ativismos da imagem e do corpo. Se o feminismo é uma maneira de entender o mundo, um campo de conhecimento não excludente que envolve a todos nós, é indispensável expandir os processos de transformação em que estamos imersos. As sessões deste encontro estão concebidas como o desdobramento de uma agenda de temas que se discutem no campo da arte, da cultura e da lei.
Primeira sessão 10h30 -12h30 Políticas do conhecimento
O seminário começa por abordar os discursos da lei, o ativismo trans e a história da arte escrita em primeira pessoa para analisar o lugar das mulheres e do feminino na sociedade e na cultura.
Apresentação do Seminário:
Andrea Giunta
Curadora da Bienal 12, professora e pesquisadora, Universidad de Buenos Aires / CONICET
María Berenice Días
Presidente da Comissão de Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB. Vice-Presidente do IBDFAM - Instituto Brasileiro de Direito de Família
Gloria Crystal
Artista, foi secretária adjunto da Livre Orientação Sexual de Porto Alegre, sendo a primeira representante da comunidade LGBT a ocupar uma posição como esta no país
Roberta Barros
Artista e pesquisadora, autora de Elogio ao toque ou como falar de arte feminista à brasileira (2016)
Coordenação: Andrea Giunta
Segunda sessão 13h30-15h Poéticas do corpo. Arte, ativismo e performance
Esta sessão lida com a política do corpo, formas de ativismo artístico e a relação entre feminismo e performance.
Alice Porto
Artista e ativista. Marcha dos Vadios, Parada Gráfica y Zines
Julha Franz
Artista sensorial. Diretora artística de drag queens no Workroom bar, em Porto Alegre
Claudia Paim
Artista visual
Coordenação: Carmen Lucía Capra
Professora e Coordenadora da Graduação em Artes Visuais: licenciatura Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS. Líder do Grupo de Pesquisa Flume Educação e Artes Visuais (CNPq/UERGS)
Terceira sessão 15h30-17h Reconfigurando o conceito da Arte
A história da arte brasileira e a história da arte em geral foram escritas a partir de critérios exclusivos que tornaram as artistas invisíveis por razões de gênero e raça. Esses critérios estão em processo de mudança?
Rosana Paulino
Artista, professora e pesquisadora autônoma
Coordenação: Andrea Giunta e
Igor Simões
Doutorando em Artes Visuais - História, Teoria e Crítica da Arte pela UFRGS, professor assistente na Uergs e curador
Performances de Claudia Paim e Julha Franz 17h
*Roberta Barros autografa seu livro Elogio ao toque ou como falar de arte feminista à brasileira (2016) às 18h30, na Praça de Autógrafos.
*A entrada será por ordem de chegada.
Realização: Fundação Bienal do Mercosul 64ª Feira do Livro
Patrocínio: CMPC Celulose Riograndense