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Por dentro da Bienal: a diversidade nas imagens da Zanele Muholi

Atualizado: 8 de ago. de 2018


foto Tuane Eggers

A artista sul-africana Zanele Muholi apresenta, nesta 11.ª Bienal do Mercosul, a série Faces and Phases, com 206 retratos de integrantes da comunidade lésbica da África do Sul. Para a artista, estes “retratos são ao mesmo tempo uma declaração visual e um arquivo", os quais “marcam, mapeiam e preservam para a posteridade uma comunidade muitas vezes invisível”; são “retratos sensíveis que desafiam o estigma em torno de homossexuais e lésbicas na África do Sul, desconsideram a retórica comum de que a homossexualidade é não africana e abordam a preponderância de crimes de ódio contra gays e lésbicas em seu país”. As imagens são reproduzidas em slides e estão expostas no Memorial do Rio Grande do Sul.

Fotógrafa, autoproclamada “ativista visual”, Muholi explora as políticas identitárias de lésbicas e gays negros na África do Sul contemporânea. Em razão do ativismo e pela sua obra em dezenas de exposições individuais e coletivas, em inúmeros países, a artista tem recebido premiações e distinções pelo mundo. Seus trabalhos já foram destacados nos EUA, África do Sul, Canadá, Holanda e Inglaterra.


Em 2017, foi condecorada pelo Ministério da Cultura da França como Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres, distinção entre as mais importantes concedidas a estrangeiros que se destacam em suas áreas ou pela contribuição ao desenvolvimento das artes e das letras na França e no mundo.


Texto: Otto Herok Netto

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