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Por dentro da Bienal: A incrível reciclagem de El Anatsui

Atualizado: 3 de ago. de 2018


foto Tuane Eggers

 

Para a 11.ª Bienal do Mercosul, El Anatsui fez um trabalho especial, um manto imenso, Ebb&Flow(2018), que pende de um andar a outro do Santander Cultural até esparramar-se pelo piso. A partir de 2000, Anatsui passou a receber o reconhecimento pela obra que hoje o caracteriza, estando hoje entre os “10 mais importantes artistas têxteis contemporâneos” (site Artsy.net, 31 out. 2016). Ele produz painéis compostos de milhares de pedacinhos de alumínio, feitos com tampas de garrafas de bebidas alcoólicas recicladas, trabalhados e unidos por fios de cobre,produzindo peças costuradas que se comportam como tecidos.


Conforme o artista, a “ligação entre a África, a Europa e a América” faz parte do que está por trás dos trabalhos com tampas de garrafa, referindo-se


“à conexão entre a venda de escravos, as bebidas alcoólicas e o poder transformador de sua arte para vincular todos os envolvidos na sua criação”

(NY-ArtNews.com, 31 mar. 2017). O artista ganês é bacharel em Arte e Pós-graduado em Educação Artística pela Universidade de Ciência eTecnologia de Kumasi. Desde 1996, é Professor de Escultura na Universidadeda Nigéria, em Nsukka. Sua obra encontra-se em prestigiados acervos pelo mundo: The Tate Moderne The British Museum, Londres; Brooklyn Museum e The Museum of Modern Art, em Nova Iorque; Centre Pompidou, Paris; Guggenheim Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos; The National Museum of African Art, Washington, entre outros.



 

Texto: Otto Herok Netto

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